Private Equity

Sobre o Private Equity

A indústria do Private Equity teve as suas primeiras origens após a segunda guerra mundial, nas décadas de 40 e 50. No entanto o grande crescimento deste sector deu-se nos anos 80, principalmente nos EUA e no Reino Unido.

Ao contrário de uma instituição financeira típica, o gestor de Private Equity toma parte do controlo da empresa, nomeando administradores e fazendo parte da definição da estratégia e do plano de negócios da empresa. O objectivo é final é o de acrescentar valor de médio e longo-prazo à empresa, preparando uma saída do seu capital após um período definido.

As empresas de Private Equity tradicionalmente angariam fundos para os seus investimentos junto de investidores institucionais como fundos de pensões, seguradoras, bancos de investimento e privados, não recorrendo à emissão de acções em bolsa. Os Investidores são designados por Limited Partners, enquanto que a sociedade gestora é denominada de General Partner.

  • Buy-Out: estratégia de investimento típica em empresas maduras, com a compra de participações de capital por parte da Private Equity. Muitas das vezes estes investimentos são feitos juntamento com a equipa de gestão da empresa, denominando-se a operação de Management Buy-Out. As aquisições podem ser alavancadas (Levereged Buy-Out) com o recurso a dívida ou podem ser totalmente financiadas por fundos próprios. Normalmente, o objectivo destas aquisições é o de melhorar a estrutura de capitais da empresa e aumentar a sua rentabilidade, através de ganhos de eficiência operacional;
  • Growth Capital: corresponde a investimentos em empresas com algum grau de maturidade por via do aumento do seu capital com vista à expansão da sua actividade. Estes investimentos implicam, tipicamente, um maior envolvimento na melhoria de margens e eficiência operacional e na aposta do crescimento em volume;
  • Venture Capital: investimento em empresas num estágio inicial de desenvolvimento, normalmente com vista ao desenvolvimento de uma ideia ou de um produto com grande potencial de crescimento;
  • Distressed Investing: investimento em empresas com dificuldades financeiras e/ou económicas que implicam um processo de reestruturação profundo com vista à criação de uma empresa sustentável, com uma estrutura de capital saudável e com elevado valor económico.

O contributo de um Fundo de Private Equity vai além da disponibilização dos meios financeiros e assenta em eixos estruturantes para a criação de valor accionista, como sejam:

  • Reforço do alinhamento de interesses entre a gestão da empresa e os accionistas (p.ex. em casos de ausência de sucessão, de passagem de testemunho geracional, de profissionalização da gestão, entre outros)
  • Definição e implementação de estratégias ambiciosas e de longo-prazo, seja por crescimento orgânico, seja por aquisições
  • A experiência e network dos executivos do Private Equity é colocada ao serviço das participadas e permite complementar a capacidade e qualidade de gestão da empresa

Para saber mais, sugerimos o vídeo “What is Private Equity” e o livro “The Little Book of Private Equity” publicados pela ECVA.